A JMN NA HISTÓRIA E NO DESAFIO DA REGIÃO NORTE
“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” Atos 1: 8
A evangelização de um País como o Brasil, com as suas dimensões continentais, constitui-se um desafio de proporções homéricas. Quando pensamos em sua extensão territorial, já aí nos deparamos com um grande desafio. Mas não é somente este o desafio a ser vencido em nosso solo pátrio. Existem outros, entre os quais destacamos, a sua diversidade étnica, má distribuição de renda, ocupação territorial desordenada, e muitos mais. Assim, quando pensamos na obra missionária da Igreja, vislumbramos a necessidade de pesquisa, conhecimento e planejamento, afim de que os recursos disponíveis possam ser administrados da melhor maneira, com vistas a sua maximização no objetivo a que se destinam.
O desafio em particular, no que toca a região Norte do nosso País, que é formada por sete estados, sendo estes: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, cujas maiores e principais cidades são Manaus e Belém, as únicas na macrorregião que possuem população superior a um milhão de habitantes. Porto Velho, Macapá, Palmas, Rio Branco e Boa Vista são outros importantes centros regionais, sendo que a região ocupa mais de 45% do território nacional.
Apesar de ser a maior região em termos territoriais, é a segunda menos populosa do Brasil, com 18,6 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE 2020, à frente apenas do Centro-Oeste. Isso faz com que sua densidade demográfica, 4,7 hab./km², seja a menor entre as regiões do país. Essa pequena densidade populacional na Região Norte, faz com que haja grandes “vazios demográficos”, sendo que uma das principais razões é a extensa área coberta pela Amazônia, que por ser um ecossistema de floresta densa, é de fundamental importância para o equilíbrio climático mundial.
Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 0,730, é o segundo menor, superando apenas a Região Nordeste. A população nortista é largamente formada por pardos, descendentes de indígenas, europeus e negros e por si só representa um desafio pelo aspecto da trans culturalidade.
A essas características peculiares, junta-se o desafio da locomoção dentro da Região que mesmo tendo todos os estados, com exceção do Amapá, conectados via rodoviária, depende em muitas localidades de formas alternativas de transporte, tais como, hidroviário, aeroviário, etc.., os quais tornam esta mais difícil, demorada e dispendiosa.
Mesmo diante de tantos desafios, os quais ainda hoje se apresentam, a Região Norte sempre figurou como prioridade no trabalho da JMN/IPB e figura entre os primeiros trabalhos estabelecidos por esta, entre os anos de 1940 e 1958, quando no Pará, foram alcançadas a região bragantina e Altamira e já em 1950 foi criada uma sucursal regional, a Missão Presbiteriana da Amazônia, para atender melhor os interesses da vasta região, tendo como seu idealizador foi o Rev. Antônio Teixeira Gueiros. Durante este tempo passado esta realidade se consolidou e através do trabalho da JMN/IPB, diversos trabalhos se iniciaram e foram consolidados, tendo algumas regiões experimentado um avanço significativo no seu desenvolvimento, tais como o Acre, Regiões do Pará, Tocantins, Rondônia, etc… onde o trabalho iniciado pela JMN se estabeleceu e muitas Igrejas e Presbitérios, que se consideram filhos desta, são hoje parceiros e apoiadores dos novos trabalhos hoje em desenvolvimento.
Ademais a JMN/IPB tem se empenhado pela manutenção e desenvolvimento dos campos em regiões extremas, onde estas dificuldades se somam às grandes distâncias em relação às Igrejas e Presbitérios já existentes e por isso, carecem de investimentos, apoio e incentivo visando o seu pleno desenvolvimento, sendo alguns deles, trabalhos históricos como os de Oiapoque no Amapá e Pacaraima em Roraima, outros mais recentes e de grande dificuldade devido às grandes distâncias como os de Guajará-Mirim e Lábrea no Amazonas, outros, apesar de próximos a grandes cidades, constituem-se um desafio para aproximação com as lideranças regionais como Cametá e Uruará no Pará.
Independente de circunstâncias adversas, a obra na região Norte caminha e progride em 19 campos nos 7 Estados, pela graça de Deus e temos sido desafiados, em meio às dificuldades e escassez de recursos, a alcançar novas cidades e revitalizar trabalhos que carecem de investimentos nesta importante região. O nosso rogo a Deus é que a cada dia possamos agir como mobilizadores, junto às Igrejas, Presbitérios e lideranças desta região, sendo auxiliadores destes no seu empenho por alcançar todas as cidades, povoados, aldeias e rincões desta região tão vasta e carente, onde os eleitos de Deus anseiam pela proclamação da palavra de salvação, pois como diz a palavra de Deus: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” Romanos 10:14. SDG.
A Diretoria.
Deixar um comentário